sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Ex-aluno do SENAI/SM é premiado no Canadá

SITE DO JORNAL A RAZÃO - Santa Maria
Não apenas a formação universitária pode dar a um profissional reconhecimento internacional. É possível também atingir esse objetivo através do ensino profissionalizante de qualidade e muita dedicação pessoal. Prova disso é o desempenho obtido em competição mundial por um ex-aluno do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) de Santa Maria.

Geverson Schimitt, de 18 anos, conquistou a medalha de prata em revestimento cerâmico no Worldskills 2009, maior torneio de educação profissional do mundo. Ele competiu no Canadá, entre os dias 1º e 7 de setembro, e foi o segundo melhor entre 22 competidores de diferentes países, ficando atrás somente do representante da Coréia do Sul.

O rapaz, que é morador do Campestre do Menino Deus, fez o curso de Pedreiro de Edificações do SENAI/SM, que tem duração de dois anos e no qual ingressou em 2006. Com carga horária de 1.600 horas, o curso trabalha todos os aspectos relacionados a uma construção, das fundações ao telhado, e inclui um módulo de 200 horas/aula específico sobre revestimento. Foi na área de colocação de placas cerâmicas, tanto azulejos quanto pisos, que Geverson demonstrou maior habilidade, fato percebido pelo seu professor-monitor, Silvio Vicente de Souza.

“A gente percebeu que ele tinha um perfil bom para competição. O Geverson começou a se dedicar, treinar no turno inverso das aulas. Em agosto de 2008, ele venceu a competição nacional de revestimento cerâmico, realizada em Curitiba, com uma nota de 78 pontos. Naquela oportunidade, foram 14 competidores de variados estados brasileiros”, relembra Silvio de Souza.
O professor ressalta que por ser o campeão nacional o jovem ganhou a vaga para o torneio do Canadá. Nas duas competições a prova consistiu na execução de um projeto pré-determinado pelos organizadores. Todos os competidores tiveram que executar o mesmo trabalho, dentro de dimensões e medidas previamente definidas.

“Eles recebem um projeto no qual está especificado o que devem fazer com aquela cerâmica. Vários quesitos são avaliados como corte, aparência, limpeza e acabamento. Na competição internacional alguns concorrentes são estudantes e outros profissionais. O coreano que ganhou tem 27 anos e trabalha para uma empresa. A pontuação obtida pelo Geverson no Canadá foi superior a 90 pontos e ficou muito próximo da obtida pelo 1º lugar”, destaca Silvio de Souza.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Beto se reúne com secretária da Educação para tratar do novo prédio da Escola Técnica GV

A construção de um novo prédio na Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas, em Rio Grande, foi a pauta da reunião do deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS) com a secretária estadual da Educação, Mariza Abreu, hoje (19), em Porto Alegre. No encontro, Albuquerque comunicou a secretária que o governo federal está disposto a dar o aporte financeiro para a obra na escola que atualmente funciona em instalações precárias colocando em risco, inclusive, alunos e professores. Orientada pelo deputado, Mariza Abreu se comprometeu a encaminhar ao Ministério da Educação um ofício solicitando a construção de um novo prédio para a escola.

No inicio do mês, Beto Albuquerque se reuniu com o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco, quando obteve a garantia dos recursos para a execução da obra. “Esta é uma escola técnica de grande importância para o Rio Grande do Sul e se não tiver uma atenção especial poderá ficar sem condições de funcionamento. Trata-se de um problema urgente a ser resolvido", argumentou o parlamentar.

Beto Albuquerque também entrou em contato com o diretor da escola, Enilson Pool da Silva, que irá enviar ainda hoje um relatório com fotografias e informações a respeito dos problemas à secretária. A escola que conta com seis pavimentos térreos foi construída sobre um aterro sanitário. “Situa-se numa movimentada área residencial e, de acordo com parecer técnico, apresenta problemas nas instalações elétricas, telhados, rachaduras em paredes e em vigas de sustentação, janelas e portas que não representam segurança, entre outros problemas”, explica Pool.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Dívidas de escolas com a União pautam audiência no Ministério da Educação

Em audiência com o secretário executivo do Ministério da Educação, Henrique Paim, os deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) e Vieira da Cunha (PDT-RS) tentaram encontrar uma solução nesta quarta-feira (08) para as dívidas das escolas particulares com a União. A proposta de Albuquerque é de que uma agenda seja definida o mais rápido possível para quantificação do problema e, em seguida, seja buscada uma negociação com o Ministério da Fazenda e, posteriormente, com a Casa Civil.

O deputado do PSB defende que um programa nacional seja criado, mas com agenda concreta para levantamento dos números que apontem a real situação do problema. “Sabemos que este é um grande desafio, mas também sabemos que o Ministério da Educação está ao nosso lado”, avalia Albuquerque.

Representantes das escolas presentes na reunião lembraram que o Ministério da Previdência já se mostrou simpático à proposta apresentada pelas instituições de ensino. A idéia, de acordo com o projeto encaminhado pela Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) ao ministro da Educação, Fernando Haddad, é instituir um Programa de Concessão de Bolsas para Educação Básica (Próbásico), como forma de saldar a dívida.

Sob gestão do Ministério, o programa, mediante isenção tributária em contrapartida à concessão de bolsas integrais e parciais, seria destinado à estudantes de famílias com renda mensal per capita que não excedesse dois salários mínimos. Na próxima semana o grupo volta a se reunir no Ministério da Educação. O secretário Paim garantiu que as sugestões apresentadas nesta quarta-feira serão levadas ao ministro Haddad.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Reinaugurando o papel do educador

SITE DO JORNAL ZERO HORA

“Enquanto o professor forma o profissional, o educador prepara o cidadão; enquanto o professor ensina a ciência, o educador sensibiliza o coração e a alma; enquanto o professor explica a gramática e expressões numéricas, o educador imprime princípios e atitudes. Por essas e outras razões, todos os professores devem, aos poucos, se tornar educadores.” (Ivo Juliato)

Perceber a escola como uma instituição que deve ir além do saber científico é pensar em educandos que possam ter acesso a diferentes saberes e em educadores que incorporem a tarefa de cuidar, afinal, uma das principais funções da escola é ter um olhar cuidadoso permanente sobre seus alunos. Além de acompanhar, orientar, propiciar espaços e vivências dentro de currículos que abram perspectivas de outras configurações para a vida.

Quando Claudio de Moura Castro, um dos principais pensadores da educação no Brasil, diz que os alunos que fazem o curso de Pedagogia são os mais fracos, que não aprendem a dar aula durante o curso, eu me pergunto: acabaram com a Escola Normal e não capacitaram os professores que formam professores dentro das pedagogias?

Se a educação é o caminho fundamental para transformar a sociedade, não é mais possível reproduzir o paradigma tradicional de ensino. O conhecimento é o que utilizamos durante as nossas vidas e só pode ser aproveitado pela sociedade quando vem acompanhado por valores éticos e morais.

Não há apenas um “X” na educação. Há vários. Esses questionamentos fazem parte das preocupações não só de especialistas em educação, mas de qualquer cidadão que acredite na grande responsabilidade que têm as instituições de ensino, sejam elas públicas ou privadas. Devem inspirar e orientar reformas educativas, tanto em nível de elaboração de programas como de definição de novas políticas pedagógicas.

As escolas precisam organizar-se, reestruturando seus tempos e espaços, revitalizando os significados dos currículos, resgatando o papel dos professores num cenário onde as ideias de conhecimento e de valor encontram-se tão emaranhadas.

O sistema educativo deve contribuir para formação de pessoas capazes de evoluir, de se adaptar a um mundo em rápida mutação e de ter domínio sobre essa mudança. Esse trabalhador deverá saber pensar, estar em formação permanente, sem esquecer que as habilidades de aprender a aprender, trabalhar em equipe respeitando o outro, serão o fio condutor dessa caminhada.

Que não se perca a esperança de ver o trabalho do professor reconhecido, não somente na resposta do seu aluno, mas também no seu contracheque, no investimento feito na sua capacitação, na crença de que fez a escolha certa.
Eis um dos “X” da educação.