Em meio a fitas métricas, dados, tabuleiros e os próprios tênis, estudantes do Vale do Sinos descobriram que a matemática pode estar muito além das equações complicadas copiadas do quadro negro. Alguns encontraram no cadarço dos tênis, no quadro pendurado na parede de casa ou no comprimento das pernas a mais pura e simples matemática.
– Queremos desmistificar que a matemática é difícil, só para gênios. Às vezes só de saber que é matemática o estudante já não gosta – diz Rogério Steffenon, coordenador do Curso de Licenciatura em Matemática da Unisinos.
Em uma das oficinas, o estudante de Licenciatura em Matemática Guilherme Lauxen Neto, 20 anos, deu a instrução, que soou estranha à primeira vista:
– Tirem os tênis. Agora, os cadarços. E peguem a fita métrica.
A experiência era trabalhar equações geométricas e com elas, chegar ao Teorema de Pitágoras, medindo o tamanho dos cadarços e as formas como podem ser recolocados.
– Buscamos formas alternativas sem infantilizar a educação – ensina o futuro professor.
Cultivar o gosto dos alunos pela matéria é papel dos professores, aponta o coordenador do curso:
– Eles têm de fugir do tradicional.
O evento que começou na segunda-feira e terminou ontem contou com palestras, oficinas, trabalhos de conclusão de curso e exposição de materiais didáticos. Dado o sucesso, deve se repetir no ano que vem.
Fonte: ClicRBS - O X da Educação - Letícia Barbieri
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