quinta-feira, 1 de julho de 2010

Um quarto dos adolescentes pobres não frequenta escola, diz pesquisa

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Entre os adolescentes de famílias pobres de 15 a 17 anos, 25% não frequentavam a escola em 2007, contra apenas 4% dos jovens de famílias não pobres. O abandono dos estudos aumenta conforme os alunos ficam mais velhos e é mais comum entre os estudantes do período noturno do que do diurno. O diagnóstico é do estudo “A Crise de Audiência do Ensino Médio”, lançado na última semana pelo Instituto Unibanco e pelo Movimento Todos pela Educação.

“A porcentagem de jovens de 15 a 17 anos que não frequentam a escola é sete vezes maior em famílias pobres do que em famílias não pobres”, aponta o relatório. A porcentagem de jovens nessa faixa etária que em 2007 concluíram o ensino fundamental e nunca cursaram o médio era de 7% nas famílias pobres contra 1% nas famílias não pobres.

Entre os fatores que impossibilitam os jovens de estudarem estão “a pobreza familiar, a necessidade de trabalhar, a dificuldade de compatibilizar trabalho e estudo”, sugere a publicação. “É mais difícil dar educação para jovens em áreas rurais, residentes em municípios mais remotos, de famílias mais pobres, filhos de pais com mais baixa escolaridade e moradores de comunidades onde há muita violência”, afirma o documento.

Tendo isso em vista, a pesquisa traçou um perfil padrão de jovem pobre e de não pobre. O primeiro é caracterizado como do sexo feminino, de cor negra e reside na região Nordeste, pertencente a família cujo chefe é analfabeto e com renda per capita de R$ 30. Já o jovem padrão da família não pobre é caracterizado por ser do sexo masculino, de cor branca e viver na região Sul, em uma família com renda per capita de R$ 1.000 cujo responsável tem 16 anos de estudo.

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