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A manhã de ontem no Colégio Marista Assunção, da Capital, foi diferente. Em comemoração ao Dia do Estudante, o Grêmio Estudantil promoveu o Dia da Inversão, que funcionou assim: alunos da 3ª série do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio substituíram professores, funcionários e até mesmo diretores. Tudo para integrar ainda mais o aluno à realidade da escola.
Aescolha do que cada estudante faria ocorreu por meio de um sorteio. As funções mais procuradas? Coordenadores de turno (aqueles que passeiam com rádios e walk talkies pela escola) e os professores mais queridos pelos alunos.
Matheus Ascari, 15 anos, do 2º ano, substituiu a professora de língua espanhola Rosane Fraga. Durante todo o turno em que lecionou, o menino revisou o conteúdo em uma turma de Ensino Fundamental, fez chamada, organizou filas de mesas, cuidou do material escolar e até ficou de olho em uma prova. Matheus teve de fiscalizar seus colegas sem dar ajuda alguma.
Estudantes também pegaram pesado
Assim como ele, Vivian Tavares, 14 anos, da 8ª série, teve de botar seu conhecimento à disposição dos amigos. Craque em Matemática, a guria foi professora da disciplina por um dia, dando uma folga para a mestre Lisiane Bittencourt.
– Está sendo ótimo, mas é bem difícil controlar os alunos, né? Estou passando uns exercícios pra eles, por enquanto está tranquilo. Agora consigo perceber o esforço que a professora precisa fazer para ensinar – contou.
O cargo ocupado pela pequena Isadora Jantsch, 11 anos, da 6ª série, foi seu auge na trajetória escolar. Ontem, substituiu a diretora Andreana Reichert. Não imaginava que comandar uma escola dava tanto trabalho.
– Tive de escrever textos, agendar compromissos, responder e-mails e mandar correspondências. Não quero ser diretora quando crescer, a responsabilidade é muito grande – comentou.
Larissa Racic, 10 anos, estudante da 5ª série, teve de pegar pesado. Desacostuma às tarefas domésticas em casa, a guria pintou quadras, colou piso emborrachado, martelou e limpou tijolos. A menina passou a manhã na companhia do auxiliar de manutenção Eduardo Garcia.
– Ela está me ajudando bastante, não reclamou de nada e quer aprender tudo – contou o funcionário.
Felipe Volkmer, 11 anos, da 5ª série, foi esperto quando escolheu a função. Amigo do auxiliar de audiovisual João Carlos Neto, o menino quis o cargo para fazer o que gosta e ficar ao lado do funcionário.
– Se trabalhasse no audiovisual, botaria ar condicionado nas salas de aula e vários computadores – sonha.
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